A cada dia surgem novos exemplos que ampliam os limites no campo do design de superfícies. Esse é o motivo pelo qual o 2º Design Forum Superfícies – As Superfícies que estão nas Ruas debate novamente as oportunidades e os campos de aplicação para o profissional dessa área, que tem um mercado de trabalho ainda não compatível com a sua capacidade, principalmente por falta de informação do setor empresarial. O evento teve a participação de importantes nomes do campo, em segmentos que vão do têxtil ao automotivo, passando pela cerâmica, pisos, revestimentos e indústria moveleira.
Em uma palestra sobre a cor no processo criativo, Lilian Ried destacou a importância de uma educação visual dedicada aos contrastes cromáticos, com atenção para a percepção humana, já que a cor depende do contexto em que se apresenta. A pesquisadora deu vários exemplos visuais que deixaram os participantes perplexos pela complexidade do assunto.
Para Renata Rubim, o design de superfícies já se transformou em uma questão de sobrevivência. Ela destacou a importância da reutilização, do reaproveitamento e da renovação como novas soluções no desenvolvimento de produtos. Bom exemplo são os resíduos industriais.
Presença internacional, o designer italiano Daniele Merla e a brasileira Gláucia Binda, ambos da multinacional Impress Decor, apresentaram as aplicações em papéis decorativos destinados a móveis e pisos laminados. Destacaram a importância do olhar global, porém com atitudes locais, a influência da moda e do setor automotivo para a inspiração e a importância dos efeitos que simulam defeitos, principalmente inspirados em formas orgânicas, passando uma ideia de naturalidade.
Evelise Anicet Ruthschilling encerrou o dia de palestras relacionando o tema com a moda verão 2010/11 e inverno 2011, confirmando tendências já apresentadas pela UseFashion. A designer destacou as superfícies agradáveis ao toque, as que trabalham os tecidos com volumes, drapeados e texturas táteis. Também citou a forte presença dos tratamentos artesanais e dos efeitos manchados. Nas referências, salienta a mimesis, a urbanidade e a diversão. Evelise aponta ainda o uso do batik de forma digital, explorado no preview de matérias-primas “A identidade com a natureza”, e também a tendência do azul no lugar do preto.
O evento contou ainda com a participação do designer Carlos Carvalho, da área de desenvolvimento de interiores da Embraer, e da coordenadora de design Adriana Shibata, da Busscar, empresa de ônibus de Santa Catarina. Ambos trataram de revestimentos, materiais, composição de cores e texturas para usos em aviões e ônibus.
Ela abusou do uso das mesmas estampas na parte superior o que deixou o visual mais carregado. Em contrapartida, o shortinho bem curto com meia-calça não muito grossa equilibra o visual. Como toque de cor, a botinha vermelha bem charmosa, ótima para um passeio com muito estilo. Essa foi em São Paulo - 11/08/2010
